Segundo relatório do Arcebispo Silvano Tomasi, de um observatório científico do Vaticano, há alguns factos importantes a considerar:
- Para começar, cerca de 85% dos padres abusadores não praticam pedofilia (acto sexual com crianças e pré-pubescentes), mas sim efebofilia (acto sexual com adolescentes pubescentes ou pós-pubescentes). Enquanto que a pedofilia é classificada como doença mental pela Organização Mundial de Saúde e a efobofilia é apenas classificada como desordem sexual pela ONU. Os problemas com que a igreja se depara são assim, na sua maioria, casos de homossexualidade, e não casos de pederastismo.
- Pelas suas estimativas o abuso a menores não abrange mais que 1,5 a 5% do número total de padres da instituição. Além disso, segundo este senhor, o problema é bem maior em "outras instituições" (Judeus e Protestantes). Se formos a ver, é um número bastante baixo. Na pior das hipóteses, apenas 1 em cada 20 padres católicos já terá abusado de (é importante frisar) adolescentes. A igreja católica passa o exame com distinção, com a soberba cotação de 95%. Não se pode pedir mais. Desconheço se foi efectuado algum estudo estatístico deste teor relativamente ao escândalo dos padres protestantes dos E.U.A., mas a existir conterá certamente valores de outra magnitude.
Mas convido-vos a olharem estes "problemas" por outro prisma. Numa altura em que a iniciação sexual dos jovens é cada vez mais prematura é importante que estes estejam esclarecidos sobre as questões do foro íntimo e sobre os perigos da tentação carnal. É sabido que muitos jovens têm dificuldade em abordar estes temas com os pais, e vice-versa. Revistas e a internet não serão certamente os melhores suportes didácticos. Aulas de educação sexual também não serão a melhor solução, pois um jovem poderá ter que expor as suas dúvidas ao resto dos colegas, e assim ficar sujeito a sofrer humilhação pela sua ingenuidade ou ignorância, com as represálias subsequentes no recreio.
Por outro lado, vários estudos mostraram que a melhor forma de cimentar qualquer tipo de conhecimentos passa pela aprendizagem prática dos assuntos em questão, e não apenas teoria. Nesta temática crucial nunca sequer ouvi proposta semelhante. É aqui que, na minha opinião, entra o papel da igreja.
Se pensarmos bem, quem melhor que os clérigos para empreenderem essa nobre tarefa da iniciação sexual da pequenada? Quem melhor que eles para definir conceitos bíblicos como deboche, fornicação e pecado? Quem, senão eles, estará mais apto para conhecer (mais uma vez, no sentido bíbico) as criancinhas? Vejamos as vantagens:
- São pessoas altruístas, sempre prontas a apoiar o próximo.
- Prestam um serviço público e gratuito.
- São pessoas puras, sem malícia nem pecados.
- São os melhores confidentes, e trabalham em privado - aulas individuais.
- São discretos e com um rigorosíssimo sigilo profissional.
- São livres de DST. Uma vez que os pubescentes (regra geral) são virgens, os clérigos estão sempre livres das típicas doenças associadas ao acto sexual. De extrema utilidade nos casos em que o jovem cede às pressões do acto sexual mas insiste no uso do preservativo - o que seria pecaminoso.
- Caso o jovem pretenda terá mesmo ao lado alguém que o pode confessar, livrando-se imediatamente de todo o pecado e garantindo assim entrada directa no céu em caso de morte repentina (que por vezes acontece - lembrem-se do caso Padre Frederico).
- Uma vez que os jovens iniciados são na esmagadora maioria rapazes, não se corre o risco de gravidezes indesejadas.
- A educação é ministrada com supervisão divina.
Fica a proposta.
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